Em meio a uma série de denúncias, operações e prisões relacionadas a esquemas de apostas esportivas, o ministro do Esporte, André Fufuca, afirmou nesta quarta-feira (11) que acredita que as apostas esportivas trarão benefícios para o setor. Durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Fufuca destacou a importância de distinguir entre práticas legais e ilegais no setor.
“O que estamos observando são denúncias que serão devidamente investigadas”, assegurou Fufuca. O ministro enfatizou que o Ministério do Esporte empregará todo o rigor necessário para garantir a transparência e a legalidade nas apostas esportivas, separando os “maus” dos “bons”.
Fufuca também comentou a recente criação da Secretaria Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, que será dirigida pelo advogado Giovanni Rocco Neto. A nomeação de Rocco foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 2.
“A nova secretaria terá como uma de suas principais funções assegurar que as apostas sejam conduzidas de maneira justa e transparente”, afirmou o ministro. Fufuca exigiu que o novo secretário implemente medidas rigorosas e conduza investigações aprofundadas para manter a integridade do setor.
“É crucial que não haja qualquer tipo de ilicitude nas apostas”, destacou o ministro. Ele acrescentou que qualquer atividade irregular será combatida com firmeza e que os responsáveis por práticas fraudulentas serão punidos.
A popularidade das apostas esportivas no Brasil está crescendo rapidamente. Dados do Instituto Locomotiva indicam que, entre janeiro e julho de 2024, 25 milhões de brasileiros passaram a utilizar plataformas eletrônicas de apostas, uma média de 3,5 milhões por mês. Esse número de novos apostadores supera a taxa de infecção por covid-19 no mesmo período.
Em cinco anos, o total de apostadores brasileiros atingiu 52 milhões, com 48% sendo novos jogadores em 2024. Atualmente, o número de apostadores no Brasil é comparável à população da Colômbia e superior ao de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.
Com informações da Agência Brasil.