O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, garantiu nesta quinta-feira (12), em São Paulo, que a segurança energética do Brasil está assegurada para 2024. Em entrevista após um encontro com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Prichetto Fratin, Silveira afirmou que não há previsão de racionamento de energia e que o foco atual é reduzir o impacto das tarifas para os consumidores.
Silveira destacou que, embora o país esteja com segurança energética garantida, o governo está buscando medidas para manter essa estabilidade enquanto minimiza o custo para o consumidor. “Temos segurança energética garantida para este ano. O que estamos discutindo é como manter essa segurança com o menor impacto tarifário possível”, explicou o ministro.
O ministro reconheceu, porém, que o cenário para 2025 é preocupante devido às condições hidrológicas atuais. “A situação para 2025 e 2026 deve ser tratada com cautela, dadas as condições climáticas atuais. Não haverá negligência por parte do governo”, afirmou Silveira.
Para lidar com os desafios futuros, o governo planeja realizar leilões de novas usinas térmicas, com a meta de dobrar a capacidade do parque térmico do Brasil até 2031. O parque térmico atual tem uma capacidade de cerca de 20 gigawatts (GW). “Precisamos dobrar o parque térmico devido aos efeitos climáticos e ao aumento no consumo de energia”, acrescentou.
A Enel Brasil, que enfrenta desafios relacionados a apagões em São Paulo no início de 2024, apresentou um plano de investimento significativo para melhorar seus serviços. A empresa anunciou investimentos anuais de R$ 2 bilhões em São Paulo, 45% acima da média dos últimos seis anos, e aumentos semelhantes nos investimentos para Ceará e Rio de Janeiro.
Além dos investimentos em infraestrutura, a Enel planeja contratar cerca de cinco mil novos colaboradores e adicionar 1.650 veículos à sua frota até 2026. Em São Paulo, serão realizadas 600 mil podas de árvores em 2024, duplicando o número do ano anterior.
Silveira ressaltou que essas melhorias foram impulsionadas pelo decreto do Ministério de Minas e Energia publicado em junho, que estabeleceu regras mais rigorosas para as concessões de distribuição de energia elétrica. O decreto define diretrizes para novos contratos e oferece opções para adequação às regras para contratos vigentes.
Os investimentos e medidas propostas visam assegurar a qualidade e confiabilidade dos serviços de energia elétrica, especialmente em face dos desafios climáticos e do aumento da demanda. O governo e a Enel esperam que essas ações contribuam para uma gestão mais eficiente e sustentável do setor energético no Brasil.
O ministro Silveira reafirmou que, apesar dos desafios futuros, o governo está comprometido em garantir a estabilidade e a qualidade da energia elétrica no país. A Enel também demonstrou seu empenho em melhorar seus serviços e atender melhor os consumidores nas regiões onde opera. Com informações da Agência Brasil.