O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, avaliou que a postura de Donald Trump de negar a crise climática e defender a expansão dos combustíveis fósseis pode colocar os Estados Unidos em uma posição de isolamento. Segundo Pimenta, a crescente força de países como China, Índia e membros do BRICS pode levar os EUA a se afastarem de uma agenda internacional sobre mudanças climáticas. As informações são da Agência Brasil.
Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Pimenta afirmou que, caso a Argentina siga a linha de Trump, ela também pode se isolar no cenário global. O ministro ressaltou que o Brasil tem priorizado a questão climática no plano internacional, especialmente durante a cúpula do G20, marcada para esta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro.
Pimenta também mencionou recentes desastres climáticos, como os ocorridos no Rio Grande do Sul e na Espanha, destacando que a crise climática deixou de ser uma hipótese e se tornou uma realidade global. Para ele, mesmo que Trump continue negando o problema, os grandes mercados, especialmente os EUA, serão forçados a se adaptar às exigências de sustentabilidade.
O ministro ainda observou que o Brasil tem se fortalecido como ator no debate climático, lembrando que o mercado global pressiona pela transição energética, algo que os EUA não poderão ignorar indefinidamente. Mesmo sem a participação de Trump, Pimenta acredita que o mundo avançará no combate à crise.
Por fim, Pimenta destacou a cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que países ricos financiem a adaptação climática nos países em desenvolvimento. Ele defendeu que a criação de um fundo de US$ 100 bilhões, como prometido no Acordo de Paris, seja um legado importante do G20 no Brasil, para financiar políticas públicas de combate à fome, desigualdade e mudanças climáticas.